Adriane Lopes insinua que Bolsonaro é traidor e misógino. Prefeita não aceita apoio do ex-presidente a Beto Pereira e iniciou onda de ataques ao bolsonarismo

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A prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP) insinuou – durante entrevista à imprensa nesta semana – que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a traiu. Para ela, Bolsonaro quebrou um acordo com duas mulheres, ela e a senadora Tereza Cristina (PP), em relação ao seu apoio na corrida pela Prefeitura de Campo Grande.

A prefeita deu a entender que Bolsonaro é misógino, e que isso teria direcionado seu apoio ao pré-candidato do PSDB à Prefeitura da capital, o deputado federal Beto Pereira. “Acordo quebrado com duas mulheres, será por sermos mulheres?”, indagou.
E avançou nas críticas: “A palavra foi dada e houve uma quebra da palavra dada. Quero dar um recado aos eleitores de Campo Grande. Nós seguimos o nosso ritmo e Campo Grande tem uma alternativa. O conservadorismo tem uma alternativa. Eu não mudei os meus valores, princípios e direcionamento. Continuo firme: conservadora, de direita e vou apresentar nossa proposta para a cidade”, atacou a prefeita.

Tanto Adriane quanto Tereza Cristina ficaram em uma saia justa nas últimas semanas, com os ajustes na parceria entre o PL de Bolsonaro e o PSDB em Mato Grosso do sul. A senadora disse recentemente estar surpresa e que espera ouvir da boca de Bolsonaro a opção do PL na Capital.
Adriane Lopes tinha como “quase certa” ao apoio de Bolsonaro à sua candidatura à reeleição, mas foi surpreendida com a aproximação entre o governador Eduardo Riedel (PSDB), o ex-governador Reinaldo Azambuja, presidente estadual do PSDB, e o pré-candidato, Beto Pereira, com Bolsonaro, o presidente nacional do PL, Valdemar da Costa Neto, e o senador Rogério Marinho (RN), responsável pela negociação que resultou no acordo que vai unir PSDB e PL nas próximas eleições.

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