Três funcionários, um do setor administrativo e dois motoristas que trabalhavam numa das lojas do Atacadão, em Campo Grande, foram detidos acusados de aplicar golpes de R$ 450 mil. O mercado em questão fica na avenida Coronel Antonino.
De acordo com a polícia foram presos Eurides Lopes de Freitas, 42, e os motoristas José Romero de Lima, 41, e Antônio Pereira Sobrinho, 57, vão responder em liberdade pelo crime de furto mediante fraude. A mulher trabalhava na empresa há pelo menos 18 anos.
Em entrevista ao Campo Grande News, o delegado da Derf (Delegacia Especializada de Roubos e Furtos), Reginaldo Salomão, o caso foi registrado no dia 24 deste mês, mas os golpistas atuavam desde janeiro de 2014.
Segundo ele, as investigações iniciaram quando a gerência percebeu que estava perdendo a competitividade em relação à venda de alguns produtos, ou seja, a mercadoria era adquirida por um valor superior de mercado. O golpe funcionava da seguinte forma: o atacadista comprava uma carga de cerveja, que vinha incluso o valor do frete, porém, Eurides em parceria com os dois motoristas, pagava novamente o valor do frete, que ficava com os golpistas. Isso acontecia com outros produtos também e o grupo faturava por dia em torno de R$ 1 mil a R$ 1,5 mil. “Ele fazia essa operação pelo menos uma vez por dia e uma vez por semana os três se encontravam para fazer a divisão dos valores”, disse o delegado ao jornal.
Eurides trabalhava no setor administrativo e não tinha autorização para fazer pagamentos, no entanto, ele conseguiu a senha da supervisora para facilitar o golpe sem que ninguém tomasse conhecimento. No total, a polícia conseguiu recuperar R$ 54 mil e um carro Sandero zero quilômetro.
Na casa de Eurides, foram recuperados R$ 4 mil, que estavam embaixo de um colchão e o carro. Na conta de José, foram encontrados R$ 20 mil e na conta de Antônio, cerca de R$ 30 mil.
Os três foram ouvidos no dia 24 de novembro e confessaram o crime à polícia. Antônio relatou que este ano não participou do golpe, porque ficou com medo de ser descoberto. Eurides diz que gastou o dinheiro com viagens. A investigação sobre o caso continua para identificar se houve outro tipo de golpe a partir da senha roubada da supervisora.
Colaborou Dourados News