A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou que, em julho, foi acionada a bandeira amarela na cobrança da energia elétrica, impactando os consumidores com um aumento significativo nas contas de luz. Após 26 meses sem tarifas adicionais, essa mudança trará um acréscimo que pode chegar a R$ 72 nas faturas dos consumidores de Mato Grosso do Sul.
O aumento é resultado de condições menos favoráveis para a geração de energia no país, com previsões de chuvas abaixo da média até o final do ano, aumento da demanda de energia e temperaturas mais altas do que o histórico. Esses fatores levam ao maior uso de termelétricas, cuja energia é mais cara que a das hidrelétricas.
A cada 100 quilowatt-hora (kWh) consumidos, serão acrescidos R$ 1,88 na conta de luz. O Conselho de Consumidores da Área de Concessão da Energisa Mato Grosso do Sul (Concen-MS) explica que o valor pode variar devido a taxas locais, como a de iluminação pública.
Para dar uma ideia clara do impacto, aqui estão os novos valores que os consumidores podem esperar:
- Consumo de 50 kWh: A conta passa de R$ 46,50 para R$ 50,50.
- Consumo de 100 kWh: A conta sobe de R$ 112 para R$ 122.
- Consumo de 200 kWh: A conta aumenta de R$ 254 para R$ 274.
- Consumo de 300 kWh: A conta passa de R$ 381 para R$ 411.
- Consumo de 400 kWh: A conta sobe de R$ 508 para R$ 548.
- Consumo de 600 kWh: A conta passa de R$ 732 para R$ 804.
Dicas para Economizar Energia
Diante deste aumento, é crucial que os consumidores adotem hábitos que ajudem a reduzir o consumo de energia. A presidente do Concen-MS, Rosimeire Costa, recomenda ações simples e eficazes:
- Monitorar o medidor: Acompanhe regularmente o consumo.
- Reduzir o uso de eletrodomésticos: Utilize menos o ferro de passar e tome banhos mais curtos.
- Desligar luzes desnecessárias: Apague as luzes em cômodos não utilizados.
- Desconectar aparelhos da tomada: Retire da tomada os eletrodomésticos que não estão em uso.
Entendendo as Bandeiras Tarifárias
O sistema de bandeiras tarifárias, implementado pela Aneel em 2015, serve para informar os consumidores sobre os custos reais da geração de energia no Brasil. As bandeiras funcionam de forma semelhante a um semáforo:
- Bandeira Verde: Condições favoráveis para a geração de energia, sem acréscimo na tarifa.
- Bandeira Amarela: Condições menos favoráveis, com um acréscimo de R$ 0,01885 por kWh.
- Bandeira Vermelha (Patamar 1): Condições mais custosas, com um acréscimo de R$ 0,04463 por kWh.
- Bandeira Vermelha (Patamar 2): Condições ainda mais custosas, com um acréscimo de R$ 0,07877 por kWh.
Um Apelo à Conscientização
Rosimeire Costa enfatiza que a intenção das bandeiras tarifárias é alertar os consumidores sobre o custo da energia e incentivá-los a adaptar seu consumo. “Agora é o momento de ficar de olho no medidor, usar menos o ferro de passar, tomar banhos curtos, não deixar luzes acesas pela casa e tirar da tomada eletrodomésticos que não precisam ficar conectados”, aconselha.
Uma Questão de Solidariedade
A Aneel reforça que o sistema de bandeiras não introduz um novo custo, mas torna visível um custo já existente, permitindo que os consumidores façam escolhas informadas sobre seu consumo de energia.
Durante períodos de tarifas mais altas, a solidariedade entre consumidores pode se manifestar por meio da conscientização e do uso racional da energia. Pequenas mudanças nos hábitos diários podem resultar em economias significativas, ajudando a reduzir o impacto financeiro nas contas de luz e promovendo um uso mais sustentável dos recursos energéticos do país.
