Ramona Soares de Barros, de 72 anos, residente em Campo Grande, enfrenta há mais de 30 anos o sofrimento causado por uma úlcera na perna que não cicatriza. Segundo o site Top Mídia News, Ramona vive diariamente com fortes dores, buscando incansavelmente um tratamento definitivo pelo Sistema Único de Saúde (SUS), sem sucesso.
A ferida, que surgiu há décadas, tem sido resistente a diversos tratamentos e especialistas consultados ao longo dos anos. “Tenho diabetes e pressão alta. Vou no posto perto de casa, mas não resolve a situação. Passam dipirona só para dor e tem uns médicos que passam outros remédios, mas tem que comprar e não tenho condições”, relata Ramona. A falta de progresso na cura da úlcera tem transformado sua vida em um verdadeiro calvário, com noites sem dormir e lágrimas de dor.
Além das dores, Ramona enfrenta dificuldades para realizar a limpeza diária do ferimento. No posto de saúde, ela recebe uma quantidade insuficiente de curativos, o que agrava ainda mais sua situação. “Preciso de faixa, gases e é tudo comprado. Quando tem no posto só dá pouca quantidade, sendo que preciso fazer o curativo todo dia. O médico receitou meia de varizes, mas também não posso usar porque não tenho condições de comprar. É caro essa meia”, explica.
A situação de Ramona evidencia a falta de comprometimento e a ineficiência da saúde pública em Campo Grande. O atendimento precário e a falta de recursos no SUS deixam muitos pacientes como Ramona desamparados, sofrendo com doenças que poderiam ser tratadas adequadamente com os devidos cuidados.
Em resposta à reportagem do Top Mídia News, a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) afirmou que “a paciente encontra-se em processo de regulação aguardando vaga para realização do procedimento. O último agendamento foi registrado no dia 10 de abril, mas a paciente não compareceu”. No entanto, a resposta da Sesau parece pouco satisfatória diante do sofrimento contínuo e da necessidade urgente de um tratamento eficaz.
A história de Ramona Soares de Barros é um reflexo das deficiências do sistema de saúde pública e da necessidade de uma intervenção mais eficaz e humana. Enquanto espera por uma solução, Ramona continua a lutar contra a dor e o desespero, na esperança de um dia conseguir o tratamento que tanto precisa.
