A Operação Last Chat, realizada na manhã de quarta-feira (24) pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), resultou na prisão de 29 pessoas em Campo Grande e Ponta Porã. A ação teve como alvo um grupo criminoso envolvido com tráfico de drogas e armas, que contava com a participação de policiais militares, advogados e um servidor público.
Entre os detidos está uma advogada que já havia sido presa na Operação Courrier em 2022. Segundo as investigações do Gaeco, a advogada atuava como a principal ponte entre o líder da organização, Rafael da Silva Lemos, conhecido como ‘Gazela’, e os demais membros do grupo. Mesmo detido em uma penitenciária, Rafael continuava dando ordens para a organização, especialmente na logística do transporte de drogas.
De acordo com as denúncias, a advogada também estava envolvida na criação de uma empresa destinada à lavagem de dinheiro proveniente do tráfico de drogas realizado pela organização criminosa. Além disso, ela teria pago a um policial militar para obter informações sobre possíveis riscos à organização, como a descoberta de locais onde drogas estavam armazenadas.
No momento da prisão de um dos integrantes da organização, foram encontradas conversas entre ele e outro membro discutindo sobre armas, munições e drogas armazenadas em um depósito localizado na Rua Baraúnas, no bairro Parque dos Novos Estados. Após as prisões, a advogada teria orientado os membros do grupo a não fornecerem informações à polícia, dificultando as investigações.
A denúncia revela ainda que a advogada teria recebido mais de R$ 100 mil da organização criminosa. Além disso, um dos membros do grupo já havia sido preso anteriormente enquanto transportava drogas.
As investigações continuam para identificar e prender outros envolvidos no esquema criminoso.