Clamor por justiça e cumprimento de liminares, mães se uniram para exigir o fornecimento de itens vitais para seus filhos.

0

A luta das mães de crianças com necessidades especiais em Mato Grosso do Sul ganha destaque novamente com mais uma manifestação em frente ao Ministério Público. Em um clamor por justiça e cumprimento de liminares, centenas de mães se uniram para exigir o fornecimento de itens vitais para seus filhos, em um clamor por justiça e cumprimento de liminares, centenas de mães se uniram para exigir o fornecimento de itens vitais para seus filhos.

O cenário é preocupante: embora muitas tenham obtido liminares favoráveis na Justiça para o fornecimento de dietas especiais, leites, fraldas e medicações, a realidade é que esses recursos não chegam às mãos das famílias que tanto necessitam. O protesto, marcado pela segunda vez este mês, reflete a crescente frustração dessas mães diante da falta de ação efetiva por parte das autoridades responsáveis.

Gisele Mendonça, uma das mães presentes, compartilhou sua angústia comovente. Com um filho de 2 anos portador de microcefalia e deficiência visual, ela descreve as dificuldades enfrentadas para garantir o acesso ao leite especial, cujo custo exorbitante coloca um fardo adicional sobre famílias já sobrecarregadas. O relato de Gisele é ecoado por Marciana Souza, cujo filho há dois anos não recebe a dieta especialmente prescrita, evidenciando a falta de agilidade e eficácia por parte da prefeitura.

Joelma Belo, por sua vez, expõe a necessidade premente de recursos como fraldas e medicação para sua filha de 8 anos, cuja síndrome genética demanda cuidados específicos. O desespero dessas mães, obrigadas a recorrer a medidas extremas como bazares para cobrir despesas essenciais, destaca a negligência das autoridades em prover os serviços de saúde adequados.

No entanto, o embate não se limita apenas ao âmbito público. As manifestantes confrontam não apenas a inércia do sistema, mas também a falta de responsabilidade da Prefeitura de Campo Grande. Em meio à exigência de reembolso por despesas pessoais e à comparação com a severidade das consequências para indivíduos que desobedecem decisões judiciais, a pergunta persiste: “E a Prefeitura? Não acontece nada?”

Enquanto as manifestantes aguardam respostas em frente ao Ministério Público, a Secretaria Municipal de Saúde justifica suas falhas alegando dificuldades na realização de compras programadas. Uma explicação que, para muitos, soa como uma justificativa insuficiente diante do sofrimento e da urgência dessas famílias.

À medida que a batalha pela saúde e dignidade de crianças com necessidades especiais continua, é evidente que a voz dessas mães ressoa como um apelo urgente por mudança. A verdadeira medida de uma sociedade justa é como ela trata seus membros mais vulneráveis, e é hora de as autoridades agirem de acordo com esse princípio fundamental.

.