Dois homens envolvidos em assessoria financeira, residentes em Campo Grande, foram presos pelo furto de R$ 3,6 milhões em criptomoedas, conhecidas como Bitcoin. A vítima desse golpe são um casal, também moradores da capital sul-mato-grossense, cujos nomes não foram divulgados.
A investigação, conduzida pelo Garras, braço da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, contou com a colaboração da Delegacia Especializada em Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros. Denominada “Verbum Clavis” (palavra-chave), a operação resultou na prisão de dois dos envolvidos: Filippe Barros Sims, detido em Osasco, São Paulo, e Jair do Lago Ferreira Júnior, capturado em Curitiba, capital paranaense. Um terceiro envolvido, Mauro Aurélio de Sousa, está foragido e teria fugido para a Inglaterra. O trio enfrenta uma possível pena de até oito anos de prisão.
Os investigadores afirmam que os criminosos violaram a confiança depositada neles pelas vítimas, conseguindo acesso às senhas das contas e apropriando-se dos R$ 3,6 milhões em criptomoedas. Não foi divulgado se o casal campo-grandense conseguiu recuperar o valor perdido.
Quanto à legislação brasileira, a pena para esse tipo de crime varia de quatro a oito anos no caso do furto qualificado, previsto no art. 155, §4º-B, do Código Penal (CP), somado à pena de um a três anos pela associação criminosa, previsto no art. 288 do CP. O nome da operação “Verbum Clavis” deriva da expressão em latim para “palavra-chave”.
O que é Criptomoeda?
Criptomoeda é um sistema de pagamento digital que não depende de bancos para verificar e confirmar transações. Trata-se de um sistema ponto a ponto que permite a qualquer pessoa enviar e receber pagamentos de qualquer lugar. Ao contrário do dinheiro físico, as criptomoedas existem apenas como valores digitais em um banco de dados online que registra transações específicas. Essas transações são armazenadas em um livro contábil público e as criptomoedas são mantidas em carteiras digitais.