Profissionais da saúde em Corumbá reivindicam pagamento de horas extras

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Profissionais da área da saúde em Corumbá, que desempenham funções vitais no pronto-socorro, setores de urgência e emergência, e em unidades como a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), estão mobilizados desde esta quinta-feira (29) devido ao não pagamento de horas extras pela Prefeitura Municipal.

Para destacar a importância dessa questão e pressionar as autoridades locais, um grupo composto por técnicos de enfermagem e profissionais do setor de Radiologia se reuniu em frente ao setor de Emergência da Santa Casa, situado na esquina das ruas América e Sete de Setembro. Durante o ato, anunciaram que, enquanto não receberem o pagamento pelas horas extras trabalhadas, irão realizar suas atividades de forma mais lenta.

Simoni Soares, técnica de enfermagem, expressou a insatisfação do grupo: “Fizemos hora extra durante o mês de janeiro e esse pagamento não foi efetuado. Estamos aqui reivindicando o pagamento das nossas horas extras. Hoje, a secretária de Saúde, Beatriz Assad, afirmou que será efetuado até o dia 10 de março, mas os juros das nossas contas não esperam. Trabalhamos o mês inteiro para receber agora, e é isso que queremos. Não podemos interromper nossos serviços essenciais devido a atrasos de pagamento.”

Marcele Andrade, também técnica em enfermagem, destacou a falta de transparência na gestão das horas extras: “Eles deveriam informar que seriam 60 horas trabalhadas e pagas, que é a carga horária do profissional. No entanto, em relação aos plantões de urgência e emergência, poderíamos trabalhar mais, desde que houvesse justificativa, como falta de pessoal, por exemplo. Trabalhamos mais de 60 horas, mas esses plantões adicionais não foram compensados.”

A mobilização dos profissionais da saúde destaca a necessidade urgente de soluções por parte das autoridades locais para garantir o pagamento justo das horas extras e assegurar a qualidade e continuidade dos serviços essenciais prestados à população de Corumbá.

Marcelo Eduardo, servidor da área de Radiologia, enfatizou que cada funcionário é contratado para cumprir 60 horas de trabalho, mas é comum haver lacunas nos horários que precisam ser preenchidas para garantir um atendimento ininterrupto. “Isso é desrespeito com o profissional, que está comprometido em realizar seu trabalho, mas não recebe pelo seu esforço. Não fomos informados de que as horas extras não seriam pagas; deveriam ter nos comunicado que apenas as 60 horas regulares seriam remuneradas. Essa situação não é nova, vem ocorrendo há vários meses, com promessas de pagamentos suplementares que acabam demorando semanas para serem efetuados”, completou.

Os profissionais salientam que, apesar da situação, a população continuará a receber os atendimentos necessários. “Os serviços de urgência e emergência não serão interrompidos; nenhum profissional de saúde deixará de atender. No entanto, esperamos uma solução imediata. Queremos deixar claro que não estamos exigindo aumento salarial. Estamos apenas solicitando o pagamento pelo trabalho extra que realizamos. Também precisamos honrar nossos compromissos financeiros, que não são poucos. Estamos reivindicando apenas o que é nosso por direito”, destacou Glace Kelly Aranda, técnica em enfermagem.

Com informações do site Diário Corumbaense

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