Dois dias após o falecimento da assistente social Marcelly Almeida, de 33 anos, na Upa Coronel Antonino, a Secretaria Municipal de Saúde de Campo Grande convocou 64 médicos em regime temporário, conforme publicado na edição do Diogrande desta quinta-feira (25). A medida visa reforçar o atendimento nas unidades de saúde da capital.
Os profissionais convocados, cuja lista foi divulgada pela Prefeitura, atuarão em caráter temporário e de “interesse público”, conforme estabelecido pelo Cadastro de Médicos Temporários do decreto (Nº 12.228, de 18 de novembro de 2013). A convocação abrange diferentes especialidades, com horários de atendimento variados, incluindo 40 horas semanais para Clínicos Gerais e 24 horas semanais para outras especialidades, como Clínicos Gerais e Especialistas em Saúde Mental.
A nomeação, assinada pela Secretária Municipal de Saúde em exercício, Rosana Leite de Melo, ocorre em meio a questionamentos sobre o atendimento prestado à Marcelly Almeida antes de sua morte, ocorrida na terça-feira (23) na Upa Coronel Antonino. A Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) informou que a paciente recebeu a cor amarela na triagem, indicando a necessidade de atendimento médico, e que todos os procedimentos ocorreram dentro do tempo protocolar conforme a classificação de risco.
Por outro lado familiares de Marcelly afirmam que houve negligência. Marly Lima, tia da jovem, afirmou a imprensa que a sobrinha foi deixada em uma cadeira. “E agora pergunto assim quantas Marcelly, quantos Beneditos terão que morrer assim por falta de socorro? Por omissão desse pessoal?”.