A Polícia Civil está conduzindo uma investigação para apurar as ações do médico designado para prestar atendimento na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Coronel Antonino, onde ocorreu o falecimento de Marcelly Marcia Franca Almeida, de 34 anos, na última terça-feira (23), sob alegações da família de uma espera de mais de duas horas por atendimento.
A investigação buscará depoimentos de funcionários presentes no momento, pacientes que também aguardavam atendimento e examinará a possível existência de câmeras de vigilância que possam lançar luz sobre o ocorrido, como informou a delegada Joilce Ramos, da Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) Cepol durante coletiva de imprensa.
A polícia trabalhará para determinar se o médico agiu com imperícia, imprudência ou negligência. Caso seja constatado que ele infringiu alguma dessas situações, poderá enfrentar acusações de homicídio culposo. A delegada ressaltou que, durante as investigações, se for confirmado que houve violação, o médico responderá por homicídio culposo; do contrário, será absolvido.
O exame necroscópico da vítima será crucial para esclarecer a causa do óbito de Marcelly, determinando se foi decorrente de dengue ou de alguma complicação relacionada ao problema de saúde que ela apresentava. A família reiterou que a paciente aguardou por horas no saguão após a triagem e só recebeu assistência médica quando sua condição se agravou, sendo então encaminhada para a sala de emergência.