Campo Grande é a segunda capital do Brasil com maiores gastos com folha de pagamento

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Um levantamento realizado pela Frente Nacional de Prefeitas e Prefeitos (FNP) revelou que Campo Grande é a segunda capital do Brasil com os maiores gastos per capita em folha de pagamento. Cada cidadão da capital de Mato Grosso do Sul desembolsa, em média, R$ 2.965,54 para cobrir os custos salariais da prefeitura, ficando atrás apenas de Vitória (ES), onde o valor alcança R$ 3.258,70.

A situação torna-se mais complexa ao analisar a proporção dos gastos com pessoal em relação à receita corrente líquida. Em 2022, esses gastos representaram 56,3% da receita corrente líquida em Campo Grande, ultrapassando o limite estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Em comparação, Vitória, apesar dos gastos per capita mais elevados, manteve-se abaixo dos limites da LRF, com 41,3% da receita corrente líquida destinada a pessoal.

No ranking das cidades mais populosas do Brasil, Campo Grande ocupa a terceira posição, ficando atrás apenas de Niterói (RJ) e Santos (SP). O município gastou R$ 2,66 bilhões com pessoal em 2022, representando 51,3% de todas as despesas do ano. Em meio a esses números expressivos, o episódio conhecido como “folha secreta” veio à tona, revelando pagamentos não informados publicamente a servidores do primeiro escalão.

O escândalo da “folha secreta” denunciou casos em que servidores chegaram a receber centenas de milhares de reais em holerites não transparentes. O Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul (TCE-MS) e a prefeitura tentam resolver o impasse relacionado a esses pagamentos secretos.

Outro fator impactante na folha de pagamento foi o escândalo conhecido como “farra do Proinc”, durante a gestão anterior. O uso inadequado de recursos destinados a alimentação e custeio de prestadores de serviços gerou críticas e polêmicas.

Ao expandir a análise para todo o estado, Mato Grosso do Sul emplaca três municípios no ranking nacional dos maiores gastos per capita em folha de pagamento. Jateí, Alcinópolis e Taquarussu figuram entre os primeiros, destacando a preocupação com os custos salariais em diferentes escalas municipais.

Fonte: Correio do Estado

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