Bonifácio Choque Cruz perdeu a vida de forma trágica após ingerir 35 cápsulas de cocaína, resultando na ruptura de uma delas. Seu corpo foi abandonado, com a cabeça envolta em um saco, em uma rodovia na região de fronteira entre Puerto Quijarro e Corumbá.
O laudo da Polícia Boliviana, divulgado nesta quarta-feira (6) pelo jornal boliviano El Clave, confirmou a presença da cocaína no estômago de Bonifácio, evidenciando sua tentativa de contrabando da substância. A investigação revelou que traficantes utilizavam uma residência em Puerto Quijarro para abrigar Bonifácio, que provavelmente começou a passar mal ainda naquele local. Após sua morte, seu corpo foi deixado em uma rodovia que leva à região de Mutum.
A suspeita principal é que Bonifácio teria concordado em atravessar a fronteira para o Brasil, levando a droga oculta em seu corpo até algum destino no país. Até o momento, as apurações identificaram cinco pessoas suspeitas de terem aliciado Bonifácio para atuar como “mula”, termo utilizado para descrever pessoas que transportam drogas em seus corpos. Essas pessoas têm vínculos com o aluguel da residência onde Bonifácio passou seus últimos dias, mas seus nomes não foram divulgados.
Os proprietários da casa, que não têm ligação com o tráfico, foram presos porque foram eles que descobriram o corpo de Bonifácio e não comunicaram a polícia sobre o ocorrido.
A vítima residia na região de Potosí, e seu corpo será transladado para sepultamento. A investigação continua para identificar se há mais pessoas atuando como “mulas” na região, evidenciando os desafios enfrentados pelas autoridades na luta contra o tráfico de drogas na fronteira.
