Adjunto da Secretaria de Educação e outros são detidos em operação do Gaeco e Gecoc
Na manhã desta quarta-feira (29), o adjunto da Secretaria de Educação do Estado, Édio Antônio Resende de Castro, foi preso em uma operação conjunta do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) e do Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção). Além dele, mais três pessoas estão detidas, sendo duas mulheres e um homem. Os mandados foram cumpridos no Cepol (Centro Especializado de Polícia Integrada).
A operação se concentrou em uma empresa no Jardim Paulista, especializada em Soluções em Saúde, com mais de 40 contratos encerrados com o Governo do Estado, sendo dois ainda ativos, envolvendo a pasta da Saúde e a Sejusp-MS (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de MS).
Simone de Oliveira Ramirez Castro, técnica do pregão de licitações do Estado, também está entre os detidos. Édio Resende de Castro já atuou como subsecretário da Casa Civil (2016) e subsecretário de Comunicação (2018), assumindo o cargo de adjunto da Educação na administração anterior.
O secretário estadual de Saúde, Maurício Simões Correa, afirmou não ter conhecimento sobre a operação e desconhecer os detalhes da ação.
Duas empresas, a Maiorca Soluções em Saúde e a Isomed Diagnósticos, ambas com contratos em vigor com o Governo do Estado até 2022, foram alvo de mandados de busca e apreensão. A Isomed Diagnóstico, que fornece serviços de diagnóstico por imagem com uso de radiação ionizante, assinou um contrato em 2022, no valor de mais de R$ 12 milhões, para prestação de serviço médico-hospitalar com recursos do Fundo Especial de Saúde.
Equipes também realizam diligências em uma empresa no Santo Amaro. Até o momento, o Ministério Público de Mato Grosso do Sul não emitiu nota oficial sobre a operação. Além de Campo Grande, mandados estão sendo cumpridos em Rochedo, Maracaju e Água Clara.
OPERAÇÃO
Hoje, quarta-feira (29), equipes do Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção), com apoio do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) e do Batalhão de Choque, estão cumprindo mandados em Campo Grande e cidades do interior.
A operação tem como foco contratos estaduais na área da Saúde, especialmente aqueles celebrados durante a pandemia da Covid-19, relacionados à infraestrutura, como as tendas utilizadas para desafogar os hospitais e unidades de Saúde.
