Na manhã desta terça-feira (14), a Decon (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra as Relações de Consumo) realizou uma operação que resultou na prisão do gerente de um açougue no bairro Guanandi, em Campo Grande. Cerca de 3 toneladas de alimentos, incluindo muçarela, foram apreendidas no estabelecimento. O delegado Reginaldo Salomão informou que os alimentos estavam armazenados de maneira inadequada, com carnes congeladas e descongeladas frequentemente. Na câmara fria, foram encontrados vestígios de sangue e sujeira no chão. A muçarela, por sua vez, era contrabandeada, sem autorização da Anvisa para comercialização, sendo vendida a preços muito abaixo do mercado. A denúncia partiu de consumidores preocupados com a qualidade dos produtos.
O advogado do estabelecimento alega que foi informado que a muçarela não poderia ser revendida, mas argumenta que o consumidor final poderia adquiri-la para consumo. A situação destaca a complexidade das regulamentações e normas sanitárias que envolvem a comercialização de alimentos, gerando debates sobre a responsabilidade do estabelecimento e as orientações aos consumidores.
Este caso ocorre meses após a prisão de uma dona de mercado, em setembro, na Avenida Presidente Vargas, também em Campo Grande. A Decon, junto com fiscais da Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal) e a perícia da Polícia Civil, encontrou carne podre sendo comercializada no estabelecimento, evidenciando condições inadequadas de armazenamento e higiene. A presença de moscas no local indicava o risco à saúde pública, resultando na prisão da proprietária e na apreensão da carne, transportada em um caminhão.