Determinação abrange exploração e importunação sexual
A 3ª Vara Criminal manteve as investigações sobre exploração e importunação sexual de duas vítimas, vinculadas ao ex-prefeito Marquinhos Trad, tornando-o réu em fevereiro deste ano. A magistrada Eucélia Moreira Cassal publicou a determinação, que também incluiu André Luiz dos Santos, conhecido como Patrola, acusado de favorecimento à prostituição e exploração sexual de três vítimas.
Em relação a três outras vítimas, a decisão determinou o trancamento da ação devido à atipicidade de imputação. Vale ressaltar que, em agosto deste ano, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) manteve o arquivamento das ações contra Marquinhos Trad, que enfrentava acusações de suposto assédio. Após o Ministério Público Estadual recorrer, o STJ, por unanimidade, rejeitou o agravo regimental em 5 de agosto, consolidando o arquivamento das denúncias feitas por cinco mulheres contra o ex-prefeito.
O jornal Midiamax buscou contato com Marquinhos Trad, que, por mensagem, declarou que não comentaria a decisão. Quanto a André Luiz dos Santos, não foi possível obter resposta até o momento.
Em fevereiro deste ano, a Justiça determinou o sigilo externo da ação penal na qual Marquinhos Trad se tornou réu por assédio sexual, envolvendo sete mulheres. As denúncias começaram a surgir em julho de 2022.
O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) formalizou a denúncia em 8 de novembro deste ano, assinada pelo promotor Alexandre Pinto Capiberibe Saldanha. O documento inclui relatos de sete mulheres que alegam terem sido vítimas de abusos por parte de Marquinhos Trad.
A defesa de Marquinhos alegou, na época das denúncias, que se tratava de uma “armação política” para prejudicar sua candidatura a governador. Embora tenha admitido adultério com duas denunciantes, ele negou os crimes sexuais. Em 2018, uma denúncia de assédio contra uma menor aprendiz foi arquivada, e a jovem, segundo apuração do Jornal Midiamax, foi nomeada sem concurso público no gabinete da Prefeitura de Campo Grande.