A jovem afirma que havia buscado atendimento na Maternidade Cândido Mariano anteriormente, mas foi liberada pelo médico, mesmo sentindo dores.
Campo Grande, Mato Grosso do Sul – Geovana de Souza Bispo, 22 anos, uma auxiliar de serviços gerais, viveu uma tragédia na madrugada desta quinta-feira (21) quando recebeu a notícia de que sua bebê havia falecido dentro do útero. A jovem afirma que havia buscado atendimento na Maternidade Cândido Mariano anteriormente, mas foi liberada pelo médico, mesmo sentindo dores.
Geovana relata que as dores abdominais começaram na quarta-feira (20) e, por volta das 19h, ela procurou a maternidade, localizada na Rua Marechal Rondon, devido às fortes dores abdominais e sinais de trabalho de parto. Ela foi atendida por um médico que constatou apenas 2 cm de dilatação, muito abaixo dos 10 cm necessários para um parto normal. Após a ausculta dos batimentos cardíacos do bebê com um estetoscópio, que estavam a 160 bpm, o médico prescreveu medicamentos e orientou que ela esperasse mais duas horas.
Após seguir as instruções do médico, Geovana voltou à maternidade por volta da meia-noite, onde recebeu dipirona e buscopan via intravenosa para aliviar a dor. No entanto, mesmo após tomar os medicamentos, as dores persistiram. O médico não realizou uma nova avaliação e a liberou novamente. A enfermeira disse que não poderia fazer nada, pois o médico havia dado alta e orientado que Geovana voltasse no dia seguinte se a dor continuasse.
Preocupada com a situação e notando a presença de coágulos de sangue na menstruação, Geovana dirigiu-se ao HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul) por volta das 3h, com o marido. Lá, o médico tentou escutar os batimentos cardíacos do bebê, mas não os encontrou. A criança já estava morta.
Até o momento, não foi emitido um laudo oficial que explique a causa da morte da criança. Geovana permanece internada enquanto a família se prepara para o velório. A mãe expressou a intenção de buscar justiça se a negligência médica for comprovada como a causa do óbito da criança.
“Depois que ela nasceu, fiquei com ela no colo. A gente vai esperar sair o laudo. Se for por negligência médica, vamos entrar na justiça”, comentou Geovana.
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