Novo vírus brasileiro invade celulares e esvazia contas bancárias via Pix

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Antivírus pode auxiliar na prevenção de ataques do vírus Brats

Um vírus de origem brasileira tem causado estragos nos dispositivos móveis dos usuários, limpando suas contas bancárias por meio do sistema Pix, desenvolvido pelo Banco Central. Segundo a empresa de cibersegurança global Kaspersky, desde sua descoberta em dezembro de 2022, foram registrados 1.505 ataques bem-sucedidos desse tipo em sua base de clientes. Este ataque pode drenar até 95% do saldo da conta da vítima.

Diferentemente de golpes anteriores, como o “golpe da mão-fantasma,” onde os criminosos acessam o celular da vítima remotamente, o novo golpe do Pix utiliza um sistema automatizado de transferência que não requer qualquer ação do criminoso. O malware, chamado de “Brats,” opera de forma independente nesse novo golpe do Pix, sem interação humana.

O vírus realiza uma varredura no aparelho infectado, roubando as credenciais (senhas) e as utiliza para acessar o aplicativo bancário, sem que o usuário esteja envolvido. Em seguida, o vírus automatiza a transferência do saldo da conta via Pix. O Brats infecta os dispositivos quando os usuários clicam em links maliciosos, muitas vezes prometendo prêmios.

Esses links geralmente são enviados aos usuários por meio de e-mails ou aplicativos de mensagens instantâneas, como o WhatsApp, direcionando as vítimas a páginas de download de aplicativos maliciosos, frequentemente disfarçados de aplicativos legítimos, como versões falsas do WhatsApp.

O processo de infecção começa quando o usuário baixa o aplicativo, que solicita acesso às opções de acessibilidade do dispositivo. Essas opções, desenvolvidas para ajudar pessoas com deficiência sensorial, concedem ao vírus o controle total sobre o celular, permitindo que ele acesse informações e recursos.

Uma vez instalado, o vírus permanece no dispositivo até concluir o ataque às contas bancárias do usuário, procurando valores a serem transferidos via Pix. Após o ataque, o vírus se desinstala automaticamente do aparelho.

Para evitar ser vítima desse golpe, os especialistas em cibersegurança aconselham que os usuários desconfiem de links que solicitam cliques repentinos e evitem baixar aplicativos de fontes não oficiais, como a Play Store (Android) e a App Store (iOS).

Além disso, a instalação de antivírus para dispositivos móveis é recomendada. Esses aplicativos identificam e sinalizam links, aplicativos e sites maliciosos, impedindo que o usuário clique neles e infecte seu dispositivo.

Os antivírus móveis podem ser baixados nas lojas de aplicativos oficiais, como a Play Store e a App Store, e muitas vezes existem versões gratuitas disponíveis. Portanto, a vigilância e o cuidado ao clicar em links e baixar aplicativos são essenciais para evitar a ação do Brats e outros vírus semelhantes.

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