Em Paranaíba, localizada a 407 quilômetros de Campo Grande, Alessandra da Penha Cardoso, de 42 anos, foi mais uma vítima de feminicídio, quando foi cruelmente assassinada a facadas por seu ex-marido de 50 anos. O crime ocorreu apenas nove dias após o registro de um boletim de ocorrência contra o agressor, que já havia feito ameaças de matá-la.
Alessandra havia procurado a polícia no dia 20 deste mês para denunciar as ameaças do ex-marido, que além de prometer tirar sua vida, também danificou o vidro de seu carro. Na delegacia, ela relatou que o homem não aceitava o término do relacionamento e pediu medidas protetivas como forma de se resguardar da violência iminente.
No entanto, infelizmente, as medidas não foram suficientes para impedir a tragédia. Na manhã de terça-feira, Alessandra foi surpreendida e atacada com uma facada no pescoço pelo mesmo homem que havia ameaçado sua vida anteriormente. Após o assassinato, o agressor fugiu do local.
A polícia empreendeu esforços para localizar o suspeito e conseguiu rastreá-lo até uma casa atrás de uma fábrica na cidade. Ao ser abordado pelos policiais, ele tentou escapar pulando muros e se escondendo em um quarto dos fundos. No entanto, foi detido em flagrante.
Durante o interrogatório, o homem confessou o crime e revelou que planejava fugir para Portugal. As autoridades encontraram roupas do agressor em seu veículo, um Fiat Uno. A cena do crime causou grande comoção, especialmente quando o filho de Alessandra, ao se deparar com a mãe morta, deu um soco em uma porta, ferindo-se. Ele recebeu atendimento dos bombeiros.
O trágico episódio reforça a urgência da prevenção e do combate à violência doméstica, assim como a importância de um sistema de proteção eficiente para as vítimas. O feminicídio de Alessandra serve como um triste lembrete de como o ciclo de violência pode ter desfechos trágicos e destrutivos, ressaltando a necessidade de ações contínuas na luta contra essa realidade.