Aumento de casos de acidentes com escorpião preocupa a população em Mato Grosso do Sul

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Com o calor intenso que vem sendo registrado, os incidentes envolvendo escorpiões têm se tornado uma preocupação crescente. A Secretaria Estadual de Saúde (SES) emitiu um alerta, por meio do Centro de Informação e Assistência Toxicológica (Ciatox), sobre os riscos de acidentes com essa espécie durante esse período.

O alerta surge após a trágica morte de Pyetro Gabriel Arguelho, um menino de apenas 5 anos, que faleceu em Campo Grande (MS) na última terça-feira (22), uma semana após ser picado por um escorpião em sua casa no município de Ribas do Rio Pardo.

De acordo com dados da SES, somente no período de janeiro a junho deste ano, foram registrados 2.234 casos de acidentes com escorpiões em Mato Grosso do Sul, sendo 673 desses casos na capital, Campo Grande. O Ciatox, que oferece suporte técnico-científico, orientação e conduta em toxicologia clínica, tem desempenhado um papel importante no atendimento a esses casos, com 75 atendimentos por telefone somente este ano.

O médico e responsável clínico pelo Ciatox, Alexandre Moretti de Lima, destacou a importância da atenção da população, especialmente devido ao aumento das temperaturas. Para evitar acidentes com escorpiões, o Ciatox recomenda medidas preventivas, tais como:

  • Utilização de água sanitária em ralos e frestas de portas;
  • Instalação de barreiras mecânicas nas portas;
  • Evitar o acúmulo de entulhos;
  • Fechar frestas e rachaduras nas paredes para impedir a entrada dos animais nas residências;
  • Manter os ralos de banheiro fechados após o banho;
  • Garantir que as caixas de gordura estejam bem vedadas.

Caso ocorra um acidente, a recomendação é lavar o local da picada com água e sabão e buscar imediatamente a unidade de saúde mais próxima para receber atendimento adequado. No local de saúde, o paciente será avaliado quanto à gravidade do quadro e receberá a assistência necessária.

Além disso, o Ciatox incentiva a população a recolher os escorpiões encontrados, se possível, e levá-los ao Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de seu município. Isso auxilia na identificação da espécie e na implementação de medidas de prevenção e controle em toda a região.

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