Uma mutação altamente infecciosa da variante Eris do vírus Covid-19 está gerando preocupações entre especialistas em saúde ao redor do mundo. No Reino Unido, autoridades sanitárias estão recomendando o retorno ao uso de máscaras como medida preventiva para evitar um possível surto da doença.
A variante Eris é uma subvariante da já conhecida Omicron, que já demonstrava uma maior velocidade de transmissão do vírus. Eris é caracterizada por ser altamente infecciosa e por sua capacidade de mutação rápida.
Um recente artigo publicado na revista National Geographic trouxe mais detalhes sobre essa nova variante. A Eris foi identificada pela primeira vez em 17 de fevereiro de 2023, na Indonésia, e recebeu o nome de variante EG.5.
Em 9 de agosto, a Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu um comunicado classificando a variante Eris e suas derivações como “variantes de preocupação”. A variante já causou casos confirmados em 51 países, porém, até o momento, não foram registrados casos no Brasil. A China é o país que lidera em número de casos da variante, com 2.247 casos confirmados até 7 de agosto, de acordo com dados da OMS.
A disseminação da variante Eris tem sido rápida globalmente. Durante a semana epidemiológica 29 (17 a 23 de julho de 2023), a prevalência global da variante EG.5 foi de 17%.
No comunicado, a OMS enfatizou que, apesar do aumento de casos, não foram observadas mudanças na gravidade da doença. Até o momento, não há evidências de que a mutação da cepa esteja causando quadros infecciosos mais graves.
Devido à preocupação com o alto potencial de transmissão das novas variantes do vírus, incluindo a Eris, cientistas no Reino Unido recomendaram a retomada do uso de máscaras como medida de prevenção contra a Covid-19. Essa decisão ocorre mesmo após o fim da obrigatoriedade do uso de máscaras em hospitais, que havia sido retirada em maio e não tem previsão de retorno no momento.
A situação continua sendo monitorada de perto por autoridades de saúde em todo o mundo, e medidas preventivas estão sendo reforçadas para evitar a disseminação dessa variante altamente infecciosa do vírus.