Uma organização criminosa familiar, composta por três irmãs, está sendo acusada de realizar furtos em lojas de alto padrão em shoppings de várias cidades do país, incluindo Mato Grosso do Sul e outros estados brasileiros. De acordo com o delegado Jackson do Vale da Derf (Delegacia Especializada de Roubos e Furtos), a quadrilha escolhia os fins de semana para cometer os crimes, o que dificultava a descoberta dos furtos pelos proprietários, levando pelo menos um dia para serem identificados.
As ações da organização criminosa familiar eram bem planejadas. As três irmãs optavam por cometer os furtos em pelo menos uma cidade de um estado diferente a cada mês. Para isso, elas se deslocavam de carro ou ônibus e se hospedavam por cerca de quatro dias, aguardando o momento certo para agir, antes de retornar tranquilamente para São Paulo.
Após cometerem os furtos, as criminosas ainda ostentavam seus feitos na internet, o que levantou suspeitas durante as investigações. A polícia constatou um aumento significativo no patrimônio das irmãs, o que reforça as evidências contra elas. As três acusadas, Juma Yara de Souza Silva, Maria Aparecida de Souza Silva e Maria Eduarda de Souza Silva, tiveram suas prisões decretadas e são procuradas pela Justiça.
A quadrilha era composta também por mais duas mulheres, uma delas ainda não identificada. As investigações apontaram que as três irmãs chegaram a Campo Grande em 15 de junho e se hospedaram em um apartamento alugado via Airbnb. Elas furtaram lojas da cidade nos dias seguintes, partindo para São Paulo no dia 17.
O modo de atuação das criminosas era cuidadosamente planejado. Elas visitavam os shoppings nos primeiros dias para identificar lojas que vendiam produtos de alto valor e que possuíam portas de fechamento por controle remoto. No dia seguinte, no horário de fechamento das lojas, as criminosas aguardavam em frente a elas até que o vendedor ou responsável acionasse o controle remoto para fechar as portas. Utilizando um dispositivo eletrônico, elas decodificavam o sinal da porta, conseguindo “roubar” o código.
Com o código em mãos, as irmãs abriam parcialmente a porta para permitir que uma ou duas delas entrassem e furtassem o maior número possível de objetos com preços elevados. Para evitar serem identificadas pelas câmeras de segurança, elas fechavam a porta da loja e, em seguida, abriam novamente para saírem do local.
Outro fator que contribuía para a eficácia dos furtos era o uso de roupas iguais ou parecidas com uniformes de vendedoras de lojas de alto padrão, o que facilitava o acesso às áreas restritas dos estabelecimentos.
A polícia continua com as investigações para localizar as acusadas e desmantelar a organização criminosa, e alerta os proprietários de lojas de alto padrão para estarem atentos a esse tipo de ação e adotarem medidas de segurança para proteger seus estabelecimentos.