Os servidores públicos estaduais de Mato Grosso do Sul estão organizando uma movimentação contra as decisões tomadas durante a última assembleia da Cassems (Caixa de Assistência dos Servidores do Estado de Mato Grosso do Sul) realizada na quinta-feira (27). Durante a reunião, foram instituídas mudanças no plano de saúde, incluindo um aumento no valor pago pelos servidores. Os profissionais alegam que o aumento mensal das contribuições variou entre 25% e 40%, tornando a prestação de serviço precária.
O programa de saúde da Cassems é utilizado pelos servidores públicos estaduais para acesso a cuidados médicos e hospitalares. No entanto, os recentes aumentos têm causado insatisfação e preocupação entre os beneficiários. Segundo relatos de servidores, a qualidade do serviço oferecido pela Cassems é precária, o que levou muitos servidores a migrarem para planos privados. Essa situação resulta em uma defasagem para os servidores que ganham menos, pois não têm condições de arcar com os novos valores do plano.
Uma das principais reclamações dos servidores é o fato de que a assembleia não levou em conta o voto da maioria, pois muitos profissionais não conseguiram participar devido à falta de liberação pelo Estado. A assembleia ocorreu em um horário e formato que dificultou a participação da maioria dos servidores.
Os servidores também estão buscando mais transparência da Cassems, ampliação das melhorias nos atendimentos e implantação de telemedicina, entre outras demandas. Eles estão organizando petições públicas e buscando apoio dos deputados para tentar anular as decisões da assembleia. Caso não haja avanço nas negociações, não descartam recorrer à via judicial.
Por outro lado, o presidente da Cassems, Ricardo Ayache, defende que as mudanças são necessárias para melhorar a equação do plano e dos servidores. Ele destaca que cerca de 18 mil servidores estão em débito com a Cassems, o que impacta o orçamento da instituição. Ayache também afirma que a Cassems tem o menor valor de contribuição mensal em relação a outros planos de saúde, com uma média de R$ 360, enquanto outros chegam a R$ 560.
A movimentação dos servidores continua, e eles esperam que seus pleitos sejam ouvidos para garantir um plano de saúde mais acessível e de qualidade para todos os servidores públicos estaduais de Mato Grosso do Sul.
