Nesta sexta-feira (28), funcionários da Clínica Carandá, localizada em Campo Grande, desistiram de realizar um protesto programado em virtude dos ganhos atrasados há meses. Segundo os trabalhadores, a empresa se comprometeu a regularizar a situação o quinto dia útil de agosto até.
De acordo com relatos de funcionários da clínica, parte dos funcionários está sem receber salário há dois meses, enquanto outro grupo enfrenta atrasos de até quatro meses. Diante da nova promessa feita pela empresa, os trabalhadores decidiram suspender o protesto, mas ressaltaram que, caso o compromisso não seja cumprido, novas manifestações serão realizadas.
A Clínica Carandá tem enfrentado problemas recorrentes relacionados ao pagamento de salários. Desde o ano passado, as paralisações das atividades têm sido frequentes como forma de resposta aos atrasos nos vencimentos. Em 26 de janeiro deste ano, por exemplo, uma manifestação ocorreu para exigir o acerto da segunda parcela do décimo terceiro referente a 2022 e do salário que deveria ter sido pago no início do mês.
Além dos problemas salariais, a Clínica Carandá tem enfrentado questões sanitárias. Em abril deste ano, o estabelecimento foi interditado pela segunda vez devido à identificação de irregularidades pela Vigilância Sanitária. O local, que é especializado no atendimento a pacientes psiquiátricos, responde a dezenas de processos trabalhistas em função dos atrasos de pagamento.
Vale destacar que a clínica já havia sido interditada em outubro de 2022 e reabriu em janeiro de 2023, mas foi novamente interditada três meses depois por descumprimento de normas sanitárias relacionadas a medicamentos, internação e nutrição. Essas questões têm gerado preocupações e impactos na rotina dos funcionários e pacientes do local.
A expectativa dos trabalhadores é que a empresa adquire o compromisso de regularizar os atrasados no prazo estipulado, evitando assim a necessidade de novos protestos e garantindo a estabilidade financeira dos trabalhadores. A situação permanece sob acompanhamento das autoridades e dos próprios funcionários, que estão atentos à resposta da empresa diante das reivindicações pretendidas.