O cantor Thiago Servo, conhecido por sua participação no reality show “A Grande Conquista” da TV Record, teve o prêmio de R$ 1 milhão conquistado no programa penhorado pela Justiça de Mato Grosso do Sul. O valor atualizado da dívida do cantor é de R$ 1.361.495,06. A decisão foi assinada e divulgada nesta quarta-feira (26) pelo juiz David de Oliveira Gomes Filho, da 2ª Vara de Execução de Título Extrajudicial, Embargos e Demais Incidentes da Comarca de Campo Grande.
A defesa de Thiago Servo afirmou que irá recorrer da decisão. Segundo o advogado Diego Dias Barbosa Gamon, que representa o cantor, Thiago está desempregado e a penhora total do prêmio seria inviável. O processo revela que a dívida de Thiago Servo está relacionada ao pagamento de uma nota promissória assinada por Jamil Name Filho, conhecido como Jamilzinho, que está preso por envolvimento com uma milícia ligada ao jogo do bicho em Mato Grosso do Sul e pela execução de um estudante de 20 anos em Campo Grande.
De acordo com a decisão do juiz, Thiago Servo emitiu uma nota promissória no valor de R$ 150 mil como entrada para a compra de um carro de luxo e uma aeronave, ambos pertencentes a Jamil Name Filho. No entanto, o cantor alega que, após sair da dupla que formava com a cantora Thaeme em 2013, perdeu renda e, consequentemente, devolveu os bens ao chefe da milícia.
Thiago Servo teria combinado com o credor, Jamil Name Filho, que o dinheiro da entrada ficaria como pagamento pelo tempo de uso dos bens, e que a nota promissória seria rasgada. No entanto, a nota foi executada.
O pedido para penhora dos bens foi feito na Justiça por João Alex Monteiro Catan, que alega ser o dono da promissória e ter sido lesado pela dívida do cantor. A defesa de Thiago Servo contesta e afirma que a dívida, na verdade, é com Jamil Name Filho.
Após a decisão do juiz, a TV Record foi oficiada para depositar o prêmio de Thiago Servo em uma conta do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS), como parte do crédito executado como penhora.
A defesa do cantor informou ao g1 que entrará com uma ação declaratória para esclarecer a origem da dívida, já que desconhecem o pedido feito por João Alex Monteiro Catan. A situação permanece sob análise judicial, e o desfecho ainda aguarda os próximos desdobramentos legais.