Gerente do Detran de Ponta Porã é preso durante Operação 4º Eixo por envolvimento em esquema de fraudes

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Na manhã desta quarta-feira (12), durante a deflagração da fase da Operação 4º Eixo, o gerente do Detran-MS (Departamento de Trânsito de Mato Grosso do Sul) de Ponta Porã, localizada a 346 quilômetros de Campo Grande, foi preso. A operação também cumpriu mandados em Campo Grande e Dourados.

O gerente do Detran de Ponta Porã era alvo de um mandado de busca e apreensão expedido pela 2ª Vara Criminal de Ponta Porã. Durante a ação policial, foram encontradas munições de fuzil e munições calibre .38 em sua residência. Além disso, celulares e um notebook foram apreendidos. O gerente foi conduzido para a delegacia.

A Operação 4º Eixo investiga fraudes relacionadas ao Departamento de Trânsito, e despachantes também estariam envolvidos nas irregularidades junto com os servidores alvos, que já foram afastados de suas funções. Uma servidora afastada em Ponta Porã é suspeita de inserir dados falsos no sistema.

A investigação teve início há dois anos e já revelou um esquema de corrupção ativa e passiva, falsidade ideológica e inserção de dados falsos nos sistemas de informação do Detran. Uma servidora de Bela Vista é suspeita de receber propina para realizar transferências irregulares de veículos.

O Detran-MS, por meio de nota, afirmou que, assim que tomou conhecimento das irregularidades, a Corregedoria conduziu a investigação em conjunto com a Polícia Civil. O Diretor-Presidente do Detran-MS reforçou que não compactua com nenhum tipo de irregularidade e que os envolvidos devem ser punidos conforme a lei. Os servidores ativos do órgão responderão tanto na esfera criminal quanto em procedimentos administrativos.

Entre as fraudes descobertas, está a transferência de carros e caminhões de outros estados para a agência de Bela Vista, onde os cadastros eram alterados sem que os veículos tivessem circulado ou passado por vistoria. Também foi constatada a inclusão fraudulenta do 4º eixo em carretas, procedimento que normalmente exige a participação de um engenheiro e aprovação do Inmetro.

Além da servidora, pelo menos quatro despachantes são alvos dos mandados de busca e apreensão, suspeitos de enviar valores para que a funcionária realizasse os procedimentos ilegais. As investigações prosseguem para apurar todas as irregularidades e responsabilizar os envolvidos.

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