Dunga, o especialista em enfrentar a Argentina

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O treinador tem retrospecto amplamente favorável diante da Albiceleste, sem nunca sequer ter perdido para os hermanos

Ele nunca mostra calor em suas declarações, ainda menos quando se trata da Argentina. De fato, Dunga previu que o duelo desta quinta-feira contra os hermanos será como “uma guerra”. Como jogador, era um meio-campista experiente e destacava-se na defesa. E não é muito diferente como treinador do Brasil, preocupado com o jogo defensivo e acostumado a usar laterais marcadores em seu esquema tático.

Quando se trata de enfrentar a Argentina, Dunga sempre sublinha a importância do jogo para os brasileiros. No último confronto, teve uma discussão com Jorge Pautasso, auxiliar de Tata Martino, e tapando o nariz em direção ao argentino disse: “São todos iguais a ele”. A imprensa supôs que foi gesto provocativo em alusão ao vício em drogas de Diego Maradona, mas Dunga desmentiu de maneira irônica: “É você quem está falando de drogas. Nesse momento eu toquei o nariz, que sempre esteve coberto por causa da poluição do ar de Pequim [onde o jogo foi realizado]”.

Mas a única realidade é o que acontece dentro do campo de jogo. É ali onde o atual técnico da Seleção Brasileira tem o retrospecto a seu favor. Das cinco partidas que disputou, ganhou quatro e empatou uma, apesar de ter vivido uma fase negra para sua equipe, imersa em críticas pelo seu estilo de jogo e os resultados que conseguiram.

Dunga assumiu o comando técnico do Brasil logo após a Copa do Mundo da Alemanha em 2006. No dia 3 de setembro daquele ano, enfrentou a Argentina em Londres, na reestreia de Alfio Basile com os hermanos. A vitória foi contundente: 3 a 0 com gols de Elano e Kaká. Um ano depois, voltam a se enfrentar na final da Copa América e o resultado foi idêntico.

Pelas Eliminatórias, conseguiu um empate no Brasil, mas quando enfrentou a Argentina em Rosário, já comandada por Maradona, venceu por 3 a 1 com gols de Luisão e Luis Fabiano. O gol de Dátolo foi o único sofrido pela Seleção Brasileira sob o comando de Dunga.

Na Copa do Mundo de 2010, o Brasil caiu nas quartas de final e Mano Menezes assumiu sua posição. Dois anos depois, foi substituído por Luiz Felipe Scolari, que terminou sua jornada na Seleção após o Mundial em casa. Dunga voltou e as vitórias sobre a Argentina também: um 2 a 0 no amistoso realizado em 2014, em Pequim.

Podem criticar o estilo defensivo, mas nenhum técnico sabe tão bem como neutralizar Lionel Messi como ele. Desta vez, o craque argentino não estará em campo, e Dunga deverá frear Di María, Higuaín e Lavezzi. As cinco partidas anteriormente mencionadas tiveram a Pulga em campo, mas em nenhuma delas é lembrado. Com atitude marcante e uma rápida saída de contra-ataque, Dunga afirma sua superioridade sobre a Argentina.

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