O ex-governador André Puccinelli, do MDB, tem buscado estabelecer alianças visando às eleições municipais de 2024 em Campo Grande. Em apenas uma semana, Puccinelli se encontrou com dois possíveis adversários na disputa pela prefeitura da capital de Mato Grosso do Sul, com o objetivo de formar uma “dobradinha”.
No dia 26 de junho, Puccinelli se reuniu com o deputado federal Marcos Pollon, do PL, que assumirá a presidência do partido no estado e também é pré-candidato a prefeito de Campo Grande. Já na segunda-feira, o ex-governador encontrou-se com a ex-deputada federal Rose Modesto, do União Brasil, que atualmente ocupa o cargo de superintendente de Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco) e também é uma possível pré-candidata à prefeitura municipal.
De acordo com fontes consultadas pelo Correio do Estado, Puccinelli tem se dedicado a articular sua própria candidatura para o cargo de prefeito da capital. Pesquisas de intenção de voto indicam que o ex-governador é um dos favoritos para vencer a eleição. Ele busca se encontrar com possíveis adversários que também têm bom desempenho nas pesquisas.
Além de Puccinelli, os deputados federais Beto Pereira, do PSDB, e Marcos Pollon, bem como a ex-deputada federal Rose Modesto, têm apresentado bons resultados nas pesquisas de intenção de voto. Puccinelli já procurou os dois candidatos para uma possível aliança, mas Beto Pereira deixou claro que não abrirá mão de sua candidatura e conta com o apoio do partido nessa decisão.
A prefeita Adriane Lopes, do PP, também apresenta bons resultados nas pesquisas, mas não pretende abrir mão da tentativa de reeleição em 2024. Portanto, ela está fora do foco do ex-governador, que caminha rumo à viabilização de sua própria candidatura.
Rose Modesto ainda não decidiu se deixará o cargo na Sudeco para concorrer à prefeitura de Campo Grande no próximo ano. Ela afirmou que falará mais sobre sua possível candidatura no início de 2024 e que por enquanto está focada em seu trabalho à frente da Sudeco.
Caso nem Puccinelli nem Rose Modesto concorram à prefeitura de Campo Grande, o posicionamento de ambos será decisivo na escolha do novo prefeito em 2024. Uma possível aliança entre o MDB, o PL ou o União Brasil para a disputa pode afetar a aproximação do MDB com o PSDB. Porém, as lideranças de ambos os partidos já afirmaram que, se um deles não avançar para o segundo turno, apoiará a candidatura do outro.
Em relação ao encontro com Marcos Pollon, Puccinelli afirmou que foi um bate-papo produtivo, que incluiu não apenas a eleição municipal em Campo Grande, mas também os municípios do interior do estado. Puccinelli revelou que estabelecerão algumas parcerias em municípios de Mato Grosso do Sul.
O encontro entre o ex-governador e o deputado federal foi uma iniciativa de Puccinelli e não envolveu os demais membros da executiva estadual do MDB. No entanto, desde a campanha para governador nas eleições de 2022, Puccinelli e Pollon ficaram próximos, pois Puccinelli manifestou publicamente seu apoio à reeleição do presidente Jair Bolsonaro.
Pollon, por sua vez, declarou que, a princípio, o PL não tem intenção de fazer uma aliança com o MDB em Mato Grosso do Sul, pois já possuem seu próprio grupo, alinhado ao ex-presidente Bolsonaro. No entanto, ele afirmou que ainda é cedo para tomar uma decisão definitiva sobre esse assunto.
Puccinelli perguntou a Pollon se sua candidatura a prefeito da capital ainda está de pé, e o deputado respondeu afirmativamente. Pollon destacou que sua pré-candidatura está em construção e que seu foco é a unificação da direita no estado para as eleições municipais do próximo ano.
O deputado federal evitou discutir a viabilidade de uma possível aliança com o MDB caso nenhum deles avance para o segundo turno das eleições municipais de 2024, afirmando que não é possível pensar tão adiante no momento.