Investigado pela PF em esquema de compra de votos é nomeado para cargo de R$ 12 mil em prefeitura

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Marconi Souza Júnior, apontado como um dos articuladores de um esquema de compra de votos na Prefeitura de Corumbá durante a gestão de Marcelo Iunes, foi nomeado diretor da Agência Portuária do Município de Corumbá, com um salário de R$ 12 mil reais. A nomeação de Marconi levanta questionamentos sobre a ética e a transparência na administração pública.

A investigação conduzida pela Polícia Federal durante as eleições para prefeito em 2020 revelou suspeitas de um esquema de compra de votos envolvendo Marconi e outros servidores comissionados ligados ao então prefeito Marcelo Iunes, além de vereadores e candidatos aliados. No celular de Marconi, foram encontradas evidências que sugerem o fornecimento de cestas básicas, materiais de construção, dinheiro e favorecimento no acesso a exames clínicos no Sistema Único de Saúde (SUS) e em laboratórios ligados à família do prefeito, em troca de votos.

Entre os relatos encontrados no celular de Marconi, destacam-se casos de troca de votos por marmitex, pagamento em dinheiro no valor de R$ 50 e distribuição de cestas básicas. Além disso, Marconi foi flagrado com dinheiro e possuía uma lista de pessoas que supostamente receberiam valores em troca de apoio político.

É importante ressaltar que o caso ainda não foi julgado pela Justiça Eleitoral. No entanto, o inquérito já consta com áudios que comprovam a participação de vereadores e até mesmo secretários municipais no esquema de compra de votos.

A nomeação de Marconi Souza Júnior para um cargo de destaque na Agência Portuária do Município de Corumbá levanta questionamentos sobre os critérios utilizados na escolha de servidores públicos e sobre a postura ética e moral dos gestores envolvidos. A sociedade espera transparência e probidade na administração pública, e casos como esse geram desconfiança e prejudicam a confiança dos cidadãos nas instituições.

A expectativa agora é que as autoridades competentes investiguem o caso de forma rigorosa e que a Justiça Eleitoral julgue de forma imparcial os envolvidos nesse esquema. A população de Corumbá merece uma gestão pública íntegra, que atue em prol do bem-estar e dos interesses coletivos, e não em benefício próprio ou de grupos específicos.

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