O corpo de uma mulher encontrado na manhã de hoje, terça-feira (20), foi identificado Cássia Silva Machado, de 32 anos, era cabo da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul. No mesmo momento o corpo do marido dela, também policial militar, foi achado morto em Presidente Epitácio. O caso levanta a suspeita de um possível homicídio seguido de suicídio.
A mulher identificada como Cássia Silva Machado, de 32 anos, era cabo da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul. Seu marido, Jorge Augusto Rivarola Saito, de 36 anos, também era cabo e ambos estavam lotados em Bataguassu, cidade que fica a 36 km de Presidente Epitácio.
Segundo informações, Cássia foi encontrada morta dentro de uma caminhonete na área rural de Campo Grande. A suspeita é de que ela tenha cometido o crime contra o marido no imóvel do casal, desferindo dois tiros no peito dele. Em seguida, a policial teria se deslocado até Campo Grande e tirado a própria vida com um tiro na cabeça, na estrada da Gameleira. Os corpos foram encontrados a uma distância de aproximadamente 350 quilômetros, o que indica uma viagem de cerca de 4 horas.
O Major Adolf Hoffmann, em entrevista, declarou que tudo indica se tratar de um caso de suicídio. Ele lamentou profundamente a tragédia, afirmando que ambos os policiais eram pessoas muito humanas, e ressaltou a tristeza que tomou conta dos colegas de corporação.
Jorge foi morto na noite anterior ao ocorrido, deixando os amigos de corporação preocupados quando ele não compareceu ao trabalho. A descoberta do corpo ocorreu após os colegas sentirem sua falta e realizarem buscas.
A Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) está investigando o caso, em conjunto com as polícias de Mato Grosso do Sul e de São Paulo. A delegada Rafaela Lobato informou que aparentemente há relação entre os dois casos e que existem indícios de suicídio por parte de Cássia. No entanto, serão realizadas investigações para verificar se há alguma outra circunstância ou intercorrência que possa ter levado a outro crime. Um detalhe importante é que a arma utilizada no incidente de Campo Grande pertencia à própria policial militar.
A comunidade policial e os moradores das duas cidades estão chocados com a trágica sequência de eventos que ceifou a vida de dois profissionais da segurança pública. O caso serve como um alerta para a importância do cuidado com a saúde mental e o suporte adequado aos policiais, uma vez que eles enfrentam situações de estresse e risco diariamente.
As investigações continuarão para esclarecer os detalhes e as motivações por trás dessa triste ocorrência que abalou as estruturas da corporação policial e das famílias envolvidas.