Os vereadores Chicão e Luciano Costa, que solicitaram em abril a cópia da pesquisa de satisfação pública contratada pelo Município de Corumbá, questionam os valores pagos e a motivação da pesquisa feita em ano que antecede eleições municipais.
É responsabilidade dos vereadores fiscalizar a atuação do Poder Executivo e garantir a transparência no uso dos recursos públicos. Ao solicitar o relatório da pesquisa de satisfação pública, eles buscam obter informações que são importantes para o exercício de suas funções de representantes do povo.
Valores pagos ao Ipms
Segundo informações, o Instituto Ipms de pesquisa foi contratado pelo município para realizar o levantamento, ao custo de R$ 160 mil.
De acordo com levantamento realizado por esse site, a tabela de grandes empresas de pesquisa de mercado, o valor pago por contratantes para pesquisas que abrangem todo o estado pode chegar a R$ 20 mil. Esse valor inclui os custos de hospedagem, transporte e alimentação dos pesquisadores, que percorrem diferentes municípios para a coleta de dados. Em um único dia, em 09 de março, por exemplo, a prefeitura de Corumbá pagou o valor de R$ 160.000 à empresa contratada para realizar a pesquisa.
Considerando a média de custo por entrevista nessas empresas, chega-se a um valor aproximado de R$ 14 por entrevista. Já no caso específico da pesquisa realizada em Corumbá, a média de custo por entrevista foi de R$ 540.
Vereador Luciano Costa levanta suspeitas sobre a contratação de pesquisa de satisfação em Corumbá: avaliação dos serviços públicos ou estratégia eleitoreira ” existe a preocupação de que a pesquisa tenha sido realizada não apenas para avaliar os serviços públicos, mas também com fins eleitoreiros.”
O vereador Chicão Viana, de Corumbá, expressou sua preocupação em relação aos valores pagos ao instituto responsável pela pesquisa de satisfação contratada pelo município. Para o vereador, como se trata de dinheiro público, é necessário questionar e analisar de forma minuciosa os custos envolvidos nesse contrato.