Uma das empresas que estão sob investigação a ALS Transportes de propriedade do Patrola, é recordista em licitações vencidas em Campo Grande e Corumbá e oferece 19 serviços.

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Nesta quinta-feira, durante a realização da Operação Cascalhos de Areia pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), uma das empresas que estão sob investigação é a ALS Transportes. A empreiteira é suspeita de envolvimento em contratos suspeitos com a Secretaria de Obras de Campo Grande. Desde 2013, a empresa tem vencido licitações milionárias para pavimentação e manutenção de ruas na capital, além de aluguel de equipamentos.

A operação de hoje está relacionada à atuação de uma possível organização criminosa que estaria envolvida em crimes de peculato, corrupção, fraude à licitação e lavagem de dinheiro. Os contratos sob investigação envolvem a manutenção de vias não pavimentadas e a locação de maquinário de veículos para a capital, totalizando um valor que ultrapassa os 300 milhões de reais.

Além das atividades em Campo Grande, a empresa ALS Transportes também se destaca em licitações em outros municípios, sendo Corumbá um dos recordistas em contratos vencidos pela empreiteira. Investigações revelaram que entre 2013 e 2016, a empresa obteve contratos de locação de maquinários que renderam 40 milhões de reais apenas para esse serviço. Em 2018, a empresa recebeu mais de 10 milhões de reais para prestação de serviços de limpeza pública, capina manual, roçada mecanizada, pintura de meio-fio e varrição de vias e sarjetas na cidade.

A ALS Transportes possui oficialmente 19 atividades listadas, que vão desde obras de asfalto até tratamento de lixo, manutenção de ferrovias e aeroportos. Entre as atividades estão a construção de edifícios, coleta de resíduos perigosos e não perigosos, tratamento e disposição de resíduos, construção de rodovias e ferrovias, pintura para sinalização em pistas rodoviárias e aeroportos, entre outros.

A empresa ALS Logística e Transportes, cujo dono é alvo da Operação Cascalhos de Areia realizada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), está no centro de mais uma polêmica. De acordo com informações, a empresa possui atualmente cinco contratos para rodovias estaduais e mantém cerca de R$ 195,8 milhões em obras públicas na região do Pantanal.

Além disso, a ALS Logística e Transportes possui contratos vigentes no valor de R$ 25 milhões com a Prefeitura de Campo Grande, todos destinados à manutenção de vias não pavimentadas com revestimento primário. No entanto, o levantamento realizado pelo jornal revelou que os valores pagos a outros fornecedores por quilômetro quadrado no interior do Estado são consideravelmente menores.

A Operação Cascalhos de Areia segue em andamento, e as autoridades continuam a investigar possíveis irregularidades nos contratos envolvendo a empresa ALS Transportes e a Secretaria de Obras de Campo Grande.

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