Desde o fim de março deste ano, dois sargentos da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul (PMMS) estão detidos preventivamente, acusados de exigirem propina de contrabandistas. Os policiais estavam lotados na Polícia Militar Rodoviária Estadual no momento em que os crimes teriam ocorrido.
Segundo a denúncia apresentada em abril pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), os delitos teriam acontecido em outubro e novembro de 2022. Na primeira ocasião, os militares abordaram uma van na qual algumas pessoas transportavam objetos contrabandeados do Paraguai. Alegadamente, os policiais teriam exigido o pagamento de propina sob ameaça, afirmando que apreenderiam o veículo.
Os sargentos teriam recebido valores entre R$ 2 mil e R$ 3 mil de cada indivíduo. Durante as investigações conduzidas pela Corregedoria da PMMS, foram obtidas informações bancárias dos acusados, revelando um esquema de lavagem de dinheiro.
Em um primeiro momento, suspeita-se que as esposas dos policiais estejam envolvidas, atuando como “laranjas”. Um dos sargentos teria recebido 22 pagamentos entre outubro e novembro de 2022, totalizando R$ 41.666,44. O outro militar teria recebido R$ 11.200 em 12 ocasiões distintas.
Ainda em abril, ambos os sargentos se tornaram réus e estão respondendo ao processo na Justiça Militar enquanto permanecem detidos. As acusações incluem corrupção ativa, lavagem de dinheiro e outros crimes relacionados.
O caso evidencia a importância do combate à corrupção dentro das instituições de segurança pública. A Polícia Militar de Mato Grosso do Sul está empenhada em investigar e punir devidamente qualquer desvio de conduta por parte de seus membros. O processo judicial em curso será fundamental para determinar a responsabilidade dos acusados e garantir a integridade e a confiança na corporação.
