A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro alegou à Polícia Federal nesta quarta-feira (26/4) que ele estava sob efeito de remédios quando compartilhou um vídeo contendo informações falsas que questionavam o resultado da última eleição. Após a publicação nas redes sociais, Bolsonaro tornou-se alvo de um inquérito que investiga os responsáveis pelos atos golpistas de 8 de janeiro.
O processo está sendo relatado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo informações divulgadas pelo ex-ministro e advogado de Bolsonaro, Fabio Wajngarten, o ex-presidente estava medicado quando fez a postagem. Bolsonaro teria repudiado os protestos violentos que ocorreram em Brasília.
Além disso, Bolsonaro afirmou em depoimento à PF que a intenção era enviar o vídeo pelo WhatsApp, e não publicá-lo no Facebook. O post foi apagado cerca de duas horas depois de ter sido divulgado. Bolsonaro teria recebido alta após ser internado com fortes dores abdominais nos Estados Unidos e teria sido medicado com morfina, segundo seus advogados.
Paulo Cunha Bueno, advogado do ex-presidente, afirmou que foi um equívoco na hora de salvar o arquivo para assistir posteriormente. Embora Bolsonaro tenha postado o vídeo, a defesa argumenta que foi um incidente, e que ele foi avisado do erro e apagou a postagem. Wajngarten também argumentou que a postagem no Facebook por meio do celular ocorre com apenas dois cliques. Os advogados afirmam que Bolsonaro não teve a intenção de cometer qualquer crime.
