Menor teria confessado que praticou o crime na noite de sexta-feira, após pais proibirem uso de computador e celular e permaneceu com os corpos até esta segunda-feira
O adolescente que matou os pais na sexta-feira (17/5), na zona oeste de São Paulo, disse à polícia que cometeu o crime porque eles tinham “confiscado” seu computador e seu celular. A irmã do adolescente, que tinha a mesma idade que ele, também foi morta.
O menor informou a Polícia que matou a família entre a tarde e a noite de sexta-feira e passou o final de semana com os corpos das vítimas. Já na madrugada desta segunda-feira (20), ligou pra Polícia, comunicou o crime e se entregou.
Em seu depoimento afirmou que sempre se desentendeu com os pais e que, na quinta-feira (16/5), eles o haviam chamado de “vagabundo” e tomado seu celular. Segundo o adolescente, isso impediu que ele realizasse atividades escolares. Após o episódio, ele planejou matar os pais.
O pai do adolescente tinha 57 anos, a mãe, 50, e a irmã, 16. Aos policiais militares que foram à sua casa ele teria dito que cometeu os assassinatos após “um desentendimento”.
O adolescente foi levado para o 87º DP para ser ouvido pela equipe de investigação. Em seguida, será encaminhado à Fundação Casa.
Por volta de 6h, peritos da Polícia Técnico-Científica estavam no local. Nesse horário, os corpos das vítimas permaneciam no imóvel. A arma e o celular do menor foram apreendidos.
Conforme apurou a Polícia Militar, os corpos permaneceram na casa nos últimos três dias. Os corpos dos pais foram encontrados no andar térreo e a irmã estava no andar superior. No caso da mãe, o adolescente ainda fincou uma faca em suas costas no sábado (28/5), quando ela já estava morta.
Para a polícia o adolescente confessou ter usado a arma do pai, que era guarda civil municipal em Jundiaí, no interior do estado.
O caso foi registrado como ato infracional de homicídio – feminicídio; ato infracional de posse ou porte ilegal de arma de fogo e ato infracional – vilipêndio a cadáver.