Empresário, dono de casa noturna, é alvo de nova fase da Lava Jato em Campo Grande

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O empresário Thiago Nunes Cance, um dos proprietários da Move Club e da antiga Woods, foi um dos alvos da 35ª fase da Operação Lava Jato, a Omertà, em Campo Grande. Thiago foi levado coercitivamente por agentes da PF (Polícia Federal) para prestar depoimento.

Segundo as investigações, Thiago, que é filho de Aurélio Cance, ex-diretor de Planejamento da Sanasa (Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento S/A), que atua no interior paulista, e que chegou a ser condenado por corrupção, formação de quadrilha e fraude em licitação, pode estar envolvido no pagamento de propina desviada de obras públicas.

Conforme a PF, existem indícios nos autos de que a Construtora Odebrecht, ‘por intermédio do Setor de Operações Estruturadas, tenha realizado pagamentos de vantagens indevidas para funcionários da Sanasa em virtude de contratos da empresa com o órgão público, nas pessoas de Rovério Pagotto Júnior e Thiago Nunes Cance, não podendo ser afirmado, por ora, se tais indivíduos receberam recursos espúrios e em espécie em benefício próprio ou para terceiros’, relata trecho do relatório.

Thiago Cance é sobrinho de André Luis Cance, ex-secretário estadual de fazenda da gestão de André Puccinelli, e que chegou a ser preso durante as Operação Lama Asfáltica, também suspeito de desviar recursos públicos.

Omertà

Omertà é como está sendo chamada a nova fase da Operação Lava Jato e apura práticas dos crimes de corrupção, associação criminosa e lavagem de dinheiro. De acordo com a PF, Palocci teria atuado como intermediário do grupo político do qual faz parte perante o Grupo Odebrecht, um das maiores construtoras da América Latina.

Por determinação do juiz federal Sergio Moro, Palocci e outros acusados tiveram R$ 128 milhões em bens bloqueados pela Justiça, valor que indicado em planilha que supostamente registra os valores de propina que estavam sob a gestão do ex-ministro. A medida atinge contas e investimentos bancários dos investigados. Desse total, Palocci teria recebido R$ 6 milhões.

Ao expedir a ordem de prisão do ex-ministro de Lula e Dilma Rousseff, Moro afirmou que possuía provas de que Palocci teria coordenado repasses de propinas da Odebrecht para o PT.

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