Associação de policiais militares vai sugerir medidas ao Governo do Estado, após ‘resgate’ de bandido em hospital

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A ACS (Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar e Bombeiro Militar de Mato Grosso do Sul) vai sugerir ao Governo do Estado uma série de medidas para evitar que presos sejam ‘resgatados’ de hospitais por seus comparsas, como ocorreu na manhã desta quinta-feira (22) no Hospital do Pênfigo, em Campo Grande. Na ocasião, dois policiais foram rendidos por homens armados, que resgataram um preso que havia sido levado à unidade para fazer um exame.

Segundo o presidente da entidade, Edmar Soares da Silva, as decisões judiciais que determinem o encaminhamento de internos aos hospitais devem ter caráter sigiloso. “Não se pode permitir que tenha qualquer tipo de publicidade uma decisão como essa, o dia dia e a hora que vai para consulta. Nem advogado tem que saber qual horário ou dia. Se o judiciário autorizar, que ninguém mais tenha conhecimento”, afirmou.

Edmar ainda defende que o sistema penitenciário seja dotado com médicos suficientes para atender a demanda dos presos, a fim de evitar o deslocamento até uma unidade de saúde.

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“Isso deve ser feito, principalmente na Máxima e no Harry Amorim Costa (em Dourados), com médicos de plantão para verificar a real necessidade de deslocamento do preso. Alguns exames mais simples seriam realizados no próximo local. Às vezes, o preso vai para o hospital sem necessidade, só para poder fugir”, alerta.

Não há registros recentes de fugas de presos em hospitais sul-mato-grossenses. Ainda conforme o presidente da ACS, as sugestões deverão ser encaminhadas ao governador Reinaldo Azambuja em breve. Entre elas, que a Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) utilize o efetivo de agentes treinados, desde o final do último ano, para os serviços de escolta.

“É preciso utilizar o efetivo treinado para a escolta e guarda da Agepen. Utilizar o reforço desse pelotão, tanto para permanecer nas unidades, como para o transporte. O Estado já gastou com esses homens e mulheres, que são treinados para essas situações”, finalizou.

Informações: Assecom ACS

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